Caso Pablo Laurta: depoimento e transferência para Concordia
O caso Pablo Laurta retomou seu ímpeto com sua primeira declaração pública durante sua transferência para Concordia . Ele disse: "Foi tudo por justiça". Ao mesmo tempo, a investigação reconstrói sua trajetória, sua prisão em Entre Ríos e os crimes ocorridos em Córdoba.
O caso Pablo Laurta está atraindo atenção na Argentina e no Uruguai . O principal réu no duplo feminicídio de Luna Giardina e Mariel Zamudio, e no assassinato de Martín Palacio, falou diante das câmeras pela primeira vez enquanto era levado para Concordia. Ele repetiu a mesma frase duas vezes: "Foi tudo por justiça".
AGORA I Duplo feminicídio e homicídio em Córdoba I Pablo Laurta falou: "Foi tudo por justiça." https://t.co/2JLP7R4gg0 pic.twitter.com/fcwuHKWogP
– TN – Todo Noticias (@todonoticias) 15 de outubro de 2025
Caso Pablo Laurta: o que ele disse e em que contexto
O depoimento ocorreu durante uma transferência policial. Um jornalista do Canal 9 perguntou se ele tinha algo a dizer, e Laurta respondeu com essa frase. Ele não deu mais detalhes. A Promotoria de Córdoba, por outro lado, está avançando com laudos periciais e cronologias. Embora o comentário tenha gerado polêmica, ele por si só não altera as provas.
A reconstrução da rota e o primeiro crime
Os investigadores afirmam que Laurta entrou na Argentina por Puerto Yeruá, Entre Ríos. De lá, viajou para Concordia, hospedou-se em um hotel com nome falso e, em 7 de outubro, contratou um motorista para viajar até Córdoba. Durante a viagem, segundo a investigação, ele assumiu o controle do veículo. Dias depois, o carro foi encontrado queimado. O motorista, Martín Palacio, foi encontrado morto e esquartejado, fato que agravou o caso e acelerou as operações.
O duplo feminicídio em Córdoba e a criança testemunha
Em 11 de outubro, já em Córdoba, Laurta teria entrado na casa da ex-companheira. Segundo a investigação, ele atirou primeiro em Mariel Zamudio no quintal. Em seguida, matou Luna Giardina, mãe de seu filho. A criança estava na casa. Após o tiroteio, o agressor saiu com a criança e pegou um táxi. A polícia reconstituiu seus movimentos usando câmeras e dados de geolocalização de celulares.
A prisão em Entre Ríos e o que foi apreendido
Com o telefone grampeado, o tribunal ouviu os planos de sair por Gualeguaychú e retornar a Puerto Yeruá. O alerta foi transmitido aos ministérios em tempo real e encurtou o processo. O táxi estava programado para buscá-lo às 15h. A prisão ocorreu às 14h08, no hotel onde ele estava hospedado com a criança. Foram apreendidos uma arma de fogo, cinco celulares com diversos chips, uma quantia em dinheiro e uma mira telescópica. A criança foi colocada sob custódia das autoridades argentinas.

O que a família disse e o passado recente
A mãe do acusado, Estrella Laurta, expressou sua devastação e pediu prisão perpétua para o filho. Ela disse que ele teve uma "infância cercada de algodão" e que ela se distanciou dele entre 2010 e 2016, quando ele fundou a Varones Unidos. Uma denúncia anterior apresentada em um Tribunal de Família no Uruguai também foi divulgada. Esses detalhes enquadram o caso, embora a chave permaneça nas provas criminais.
A outra vítima colateral: uma família desfeita
O dia da prisão coincidiu com o sexto aniversário do filho de Laurta. Sua avó materna havia falecido horas antes. Esse fato resume bem o dano: uma criança sem mãe ou avó. Para além do boletim de ocorrência, o caso Pablo Laurta expõe o impacto social da violência de gênero e a urgência de medidas protetivas eficazes.
Cronologia rápida do caso
Entrada no país: suposta travessia por Puerto Yeruá, Entre Ríos.
7 de outubro: Viagem a Córdoba com motorista; o carro pegou fogo e Martín Palacio morreu.
11 de outubro: Assassinatos de Luna Giardina e Mariel Zamudio em Córdoba.
Busca e grampo: rastreamento de táxis, grampos e monitoramento em tempo real.
14h08 (dia da prisão): Preso em um hotel em Concordia; armas, celulares e dinheiro foram apreendidos.
Transferência e declaração pública: “foi tudo por justiça”.
Cooperação e tempos judiciais
A operação envolveu policiais de Córdoba e Entre Ríos. A coordenação entre os ministérios reduziu a burocracia e permitiu uma ação rápida. O caso agora prosseguirá com testes balísticos, análise de celulares, rastreabilidade de chips e coleta de depoimentos. O caso Pablo Laurta entra em uma fase técnica em que cada minuto e cada arquivo contam.
Contexto judicial: circunstâncias agravantes devido à violência de gênero
A acusação inclui homicídio qualificado devido ao relacionamento e violência de gênero, além de fatores agravantes no caso de Martín Palacio. Exames forenses adicionais e laudos de autópsia ampliados estão pendentes. A acusação buscará sustentar a hipótese de planejamento, trajetória de tiro e disparo de arma de fogo. A defesa, por sua vez, poderá argumentar intenção, motivação e cadeia de custódia.
Reações públicas e cuidados infantis
Organizações sociais pediram que se evite o sensacionalismo e se proteja a identidade da criança. O caso Pablo Laurta já foi tema de discussão na mídia e nas redes sociais; no entanto, a questão mais sensível é o apoio psicológico e jurídico ao menor, atualmente sob custódia do Estado, com o apoio da família.
O que ainda precisa ser estabelecido
Os horários exatos, as rotas e as compras relacionadas à arma e aos chips ainda não foram determinados, assim como o fluxo de dinheiro apreendido. A localização inicial do réu e suas comunicações anteriores a 7 de outubro serão essenciais para fortalecer a cronologia e esclarecer quaisquer dúvidas.