Yamandú Orsi ONU: Presidente defende multilateralismo e fala sobre Palestina e Ucrânia
O presidente uruguaio, Yamandú Orsi, viajou a Nova York para discursar na 80ª Assembleia Geral da ONU . Sua mensagem enfocou a tradição multilateral do país e a urgência de encontrar soluções pacíficas para os conflitos que dominam a agenda internacional.
Yamandú Orsi ONU e o papel histórico do Uruguai
Antes de seu discurso, Orsi observou que o Uruguai mantém uma linha consistente de apoio às Nações Unidas há décadas. Ele lembrou que o país aderiu à organização desde sua criação, navegou com responsabilidade pela Guerra Fria e se posicionou como um ator confiável na defesa do multilateralismo.
Yamandú Orsi ONU sobre o reconhecimento da Palestina
O presidente anunciou que o reconhecimento da Palestina pelas potências relevantes será um dos tópicos mais discutidos. O Uruguai já havia tomado essa medida anos atrás, mas Orsi enfatizou que a questão está ganhando força devido à situação em Gaza. Ele também se referiu à guerra na Ucrânia, alertando que, longe de ser resolvida, o conflito está se agravando com o tempo.
Yamandú Orsi ONU e a guerra na Ucrânia
Orsi afirmou que o Uruguai tem "condições imbatíveis" para fortalecer sua presença internacional. Ele argumentou que a estabilidade política, a tradição democrática e o compromisso com a cooperação são vantagens para consolidar laços econômicos e diplomáticos.
Assembleia da ONU como espaço de diálogo
O Presidente enfatizou que a Assembleia Geral continua sendo o local apropriado para abordar as diferenças globais. Defendeu o caminho do diálogo, da diplomacia e da cooperação como princípios que o Uruguai continuará a promover. Ao mesmo tempo, alertou que o mundo atravessa um período de múltiplas crises que exigem uma resposta coletiva.
Uruguai e seu papel histórico na ONU
Desde 1945, o Uruguai mantém presença constante nas Nações Unidas, participando de missões de paz e defendendo a resolução pacífica de disputas. Orsi enfatizou esse legado, observando que o país suportou a Guerra Fria sem romper seu compromisso com o multilateralismo. Segundo o presidente, essa tradição é um trunfo diplomático que confere credibilidade ao Uruguai em fóruns internacionais.
O reconhecimento da Palestina e a política externa uruguaia
Orsi enfatizou que o Uruguai foi um dos primeiros países da região a reconhecer o Estado Palestino. A decisão, tomada há vários anos, permanece como parte permanente da política externa uruguaia . Para o presidente, a crise em Gaza e o reconhecimento concedido hoje pelas potências internacionais colocam a questão novamente no centro da agenda. "A paz não pode ser alcançada sem um Estado Palestino viável", disse ele.
A guerra na Ucrânia e seu impacto global
O presidente também mencionou a invasão russa da Ucrânia como outro exemplo de conflito prolongado. Ele alertou que, longe de ser resolvido, o conflito está se intensificando, multiplicando seu impacto no comércio internacional, na segurança energética e nos preços dos alimentos. Orsi insistiu que o caminho não é militar, mas diplomático, e que a ONU deve fortalecer seu papel como mediadora.
Condições do Uruguai para entrar no mundo
Além da análise das questões internacionais, Orsi destacou as vantagens competitivas do Uruguai: estabilidade institucional, tradição democrática e políticas baseadas em direitos humanos. Ele considerou essas condições "imbatíveis" para permitir que o país expanda sua integração às cadeias de valor e atraia investimentos responsáveis.
Repercussões em Nova York e Montevidéu
A mensagem do presidente foi acompanhada de perto delegação uruguaia e por observadores diplomáticos. Em Montevidéu, analistas de política externa elogiaram a reafirmação da posição histórica do país, embora tenham alertado que o Uruguai precisa equilibrar suas posições diante de grandes potências em tensão. A presença de Orsi na 80ª Assembleia também foi interpretada como um gesto de continuidade institucional nos assuntos internacionais.
Desafios do multilateralismo hoje
Por fim, Orsi afirmou que as Nações Unidas enfrentam um desafio maior: recuperar sua eficácia em um mundo com múltiplas crises simultâneas. Ele reconheceu que os mecanismos tradicionais parecem insuficientes, mas sustentou que a alternativa nunca deve ser o isolamento ou o unilateralismo. "O Uruguai continuará investindo na cooperação", enfatizou, em um discurso que buscou posicionar o país como um interlocutor confiável.