MADRI, 20 (EUROPA PRESS)
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) anunciou que a falta de financiamento o forçará a reduzir pela metade o tamanho de seus projetos na Venezuela este ano, o que se refletirá principalmente na ajuda fornecida a áreas de difícil acesso, como escolas.
"A parte mais difícil do nosso trabalho nem sempre é a logística. Às vezes, são as palavras", explicou a agência em um comunicado, admitindo que, até o momento, "o financiamento não é suficiente" para manter todos os programas abertos.
Nesse sentido, ele citou casos como o de Arismendi, uma aldeia remota no estado de Barinas, cujas escolas só podiam ser acessadas por via fluvial. A equipe do PMA conseguiu viajar para esses centros a cada dois meses por três anos consecutivos, "até agora".
"Nesta última viagem — assim como na primeira — não trouxemos comida, mas famílias e professores caminharam ou navegaram de longe para nos encontrar, nos ouvir, fazer perguntas e conversar. A confiança deles é um incentivo para continuar", acrescentou.
A ONU estima que quatro milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar na Venezuela. O PMA, que já ajudou quase 400.000 pessoas, precisa de aproximadamente US$ 47 milhões (aproximadamente € 40,3 milhões ) para operar este ano.