Vacinas reversas: como elas treinam o sistema imunológico
Vacinas reversas treinam o sistema imunológico para tolerar seus próprios alvos e evitar a imunossupressão total. Ensaios iniciais em doença celíaca e esclerose múltipla.
As vacinas reversas buscam desativar a resposta defeituosa do corpo sem desativar todas as defesas. Equipes acadêmicas e a empresa de biotecnologia Anokion estão explorando seu uso em doenças autoimunes.
De acordo com o Global Autoimmune Institute, entre 5% e 10% da população mundial sofre de doenças autoimunes. Nessas doenças, o sistema imunológico ataca seus próprios tecidos, como ocorre na esclerose múltipla, doença celíaca, diabetes tipo 1 ou lúpus.
Ao contrário dos medicamentos imunossupressores de amplo espectro, essa abordagem busca ensinar tolerância a antígenos específicos associados à doença. O objetivo é preservar a proteção contra infecções e, ao mesmo tempo, retardar os danos autoimunes.

Tolerância imunológica e mecanismo proposto
As formulações apresentam ao sistema imunológico fragmentos de suas próprias proteínas anexados a plataformas projetadas para gerar tolerância. Ao "aprender" que o alvo não é perigoso, o corpo reduz seu ataque aos tecidos saudáveis.
Doença Celíaca e Sinais Precoces
A Anokion relatou testes iniciais para doença celíaca com resultados promissores, segundo informações divulgadas pela mídia especializada. O objetivo é reduzir a reação ao glúten sem bloquear toda a imunidade.
Esclerose Múltipla e fase clínica
Na esclerose múltipla, respostas clínicas encorajadoras também foram observadas em estágios iniciais, de acordo com o The Guardian. Um pesquisador descreveu os dados como geradores de grande entusiasmo entre a equipe científica.
Autoimunidade e resultados de saúde
A carga dessas condições é alta devido à sua cronicidade e às complicações associadas. Terapias seletivas, como a vacinação reversa, visam melhorar a qualidade de vida e reduzir os eventos adversos associados à imunossupressão geral .
Desenvolvimento, riscos e próximos passos
Como acontece com qualquer candidato à biotecnologia, a segurança, a duração do efeito e a reprodutibilidade em larga escala ainda precisam ser validadas. Estimativas jornalísticas sugerem um três a cinco anos para uso mais amplo, sujeito a resultados e regulamentação.

Vacinação reversa e acompanhamento clínico
As equipes monitoram marcadores imunológicos e sintomas para confirmar a tolerância sustentada. Também estão estudando se a abordagem poderia moderar alergias alimentares e ambientais imunomediadas.