MADRI, 13 (EUROPA PRESS)
O urologista e especialista em medicina sexual masculina François Peinado pediu que ereções que interrompem o sono e causam dor não sejam normalizadas, pois podem ser uma condição chamada síndrome da ereção dolorosa relacionada ao sono (EPSR), que requer atenção médica.
"Nem todas as ereções noturnas são saudáveis: algumas podem ser dolorosas, persistentes e altamente prejudiciais à qualidade de vida do paciente", disse Peinado, que alerta que a SRPE ainda é pouco conhecida fora da área urológica e, portanto, subdiagnosticada.
Como ele explicou, homens afetados podem passar meses ou até anos sem um diagnóstico claro, acreditando que seja estresse ou prostatite, quando na realidade é uma síndrome urológica específica para a qual existe tratamento eficaz.
A SPR pode ser causada por um desequilíbrio na neurotransmissão dopaminérgica, distúrbios dos músculos do assoalho pélvico ou até mesmo pelo uso de certos medicamentos. O diagnóstico é baseado em uma entrevista clínica detalhada e, às vezes, também requer um estudo do sono.
Em relação ao tratamento, o médico explicou que as opções variam de relaxantes musculares a bloqueadores hormonais leves, além de fisioterapia especializada para o assoalho pélvico. "Cada caso pode ser tratado de forma personalizada e conservadora antes de se considerar opções mais complexas", enfatizou Peinado.
Por isso, ele enfatizou a importância de conscientizar sobre esse transtorno para evitar que os homens afetados sofram em silêncio. "Uma vida sexual saudável começa com um bom descanso. E se as ereções noturnas são dolorosas, elas não devem ser normalizadas: devem ser tratadas", concluiu.