A Ucrânia anuncia que pelo menos três países já aprovaram o envio de suas forças armadas.
MADRI, 21 (EUROPA PRESS)
O presidente lituano, Gitanas Nauseda, confirmou sua disposição de enviar tropas para a Ucrânia como parte do contingente europeu de manutenção da paz, considerado uma das garantias de segurança exigidas por Kiev quando um acordo de paz com a Rússia for alcançado.
"Estamos preparados para contribuir tanto quanto o mandato do Seimas (Parlamento) permitir, enviando tropas de paz e fornecendo nosso próprio equipamento militar", disse Nauseda em uma entrevista à TV3 lituana.
No entanto, Nauseda reconheceu que ainda é "muito cedo para falar sobre isso", já que a chamada "coalizão dos dispostos" ainda não estabeleceu um plano de ação nesse sentido. "Ele só seria implementado se a paz fosse garantida", esclareceu o presidente lituano à televisão lituana.
Nauseda observou que, com base nisso, pode ser desnecessário que a Lituânia envie suas próprias tropas para território ucraniano. "Talvez eles nos peçam outras coisas", disse ele.
De qualquer forma, ele explicou que o contingente que a Lituânia enviaria para a Ucrânia "não seria significativamente diferente" daquele que enviou ao Afeganistão, por exemplo, com aproximadamente 200 soldados.
Por sua vez, as autoridades ucranianas anunciaram que pelo menos três países aprovaram o envio de seus militares como parte dessas medidas de segurança, o que o presidente Volodymyr Zelensky enfatizou novamente.
O chefe do Gabinete Presidencial Ucraniano, Andri Yermak, confirmou que "três países estão prontos para enviar soldados", incluindo Alemanha, Reino Unido e França, de acordo com uma entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera.
Yermak explicou que qualquer mobilização deve ser coordenada com os Estados Unidos, que já descartaram o uso de suas tropas na chamada "coalizão dos dispostos", "para manter a unidade e desenvolver regras comuns de engajamento".
"Sem dúvida, teremos tropas aliadas em nosso território", enfatizou o assessor do presidente Zelensky, mas se recusou a dar uma estimativa de quantos militares estrangeiros a Ucrânia poderia hospedar sob esse plano.
A "coalizão dos dispostos" é uma iniciativa liderada pela França e pelo Reino Unido para enviar tropas europeias à Ucrânia como garantia de segurança após a assinatura de um hipotético acordo de paz. Poucos países até agora apoiaram a iniciativa, com exceção dos países bálticos e alguns outros, embora com nuances.