Trabalho infantil no Uruguai: o levantamento que alarma autoridades

por 8 de setembro de 2025

Artigo reescrito (tom jornalístico argentino; parágrafos de 2 a 4 frases; sem linhas em branco entre os parágrafos).
A última pesquisa nacional sobre atividades de crianças e adolescentes revelou um fato chocante: mais de 40.000 menores realizam tarefas laborais no Uruguai. O Ministro do Trabalho, Juan Castillo, descreveu a situação como inaceitável e exigiu respostas rápidas do Estado e das instituições. A pesquisa de 2024 coloca o problema na agenda pública com números que exigem políticas concretas e apoio regional.

Segundo o relatório, 6,8% das crianças entre 5 e 17 anos exercem alguma atividade laboral; 4,9% participam em atividades económicas remuneradas e quase 2% realizam trabalho não remunerado. Os números aumentam com a idade e chegam a 10,6% na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o que alarma as autoridades educativas e sociais. O fenómeno é mais prevalente no interior do país e afeta em maior medida as meninas e adolescentes que exercem trabalho não remunerado.

Criança levantando uma caixa em um mercado — trabalho infantil no Uruguai, Pesquisa de 2024
Um jovem carrega caixotes em um mercado; a Pesquisa de 2024 encontrou mais de 40.000 menores trabalhando no Uruguai.

Castillo enfatizou que, em um país com pouco mais de três milhões e meio de habitantes, esse número não é uma estatística fria, mas sim vidas que deveriam estar estudando, brincando e recebendo cuidados. O ministro pediu coordenação entre ministérios e agências para abordar as causas que forçam menores ao trabalho infantil. A estratégia anunciada pelo governo inclui medidas de prevenção, fiscalização e apoio a famílias em situações de vulnerabilidade.

A diretora do Comitê para a Erradicação do Trabalho Infantil, Andrea Bouert, delineou as diretrizes: priorizar a retenção escolar, fortalecer as redes de segurança e promover programas de apoio socioeconômico. Bouert afirmou que a resposta exige a combinação de ações locais com políticas nacionais sustentáveis. Ela também enfatizou a importância de sistemas de registro que permitam monitorar onde e como o fenômeno está ocorrendo.

O mapa territorial mostra diferenças claras: Montevidéu registra taxas abaixo da média nacional, enquanto cidades do interior apresentam maior incidência. O relatório destaca que fatores como emprego precário para adultos, pobreza e falta de opções educacionais contribuem para a entrada precoce no mercado de trabalho. Por isso, especialistas insistem em estratégias multidimensionais que incluam emprego decente para adultos e apoio direcionado às famílias.

Além do diagnóstico, a pesquisa fornece elementos para o planejamento de intervenções: idades críticas, áreas geográficas e os tipos de trabalho mais comuns. Os números indicam que a intervenção precoce é fundamental para prevenir a perda de oportunidades educacionais e a recorrência de ciclos de pobreza. As autoridades afirmaram que esperam que o próximo relatório mostre uma redução significativa se as medidas prometidas forem implementadas de forma eficaz.

A sociedade civil e as organizações locais foram convocadas a unir esforços, tanto na prevenção quanto na detecção precoce de casos. Ao mesmo tempo, foi reafirmada a necessidade de campanhas de conscientização para mudar as percepções culturais sobre o trabalho infantil. O desafio é duplo: proteger aqueles que já trabalham e impedir que outros menores entrem no mercado de trabalho por necessidade.

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