Mais de 30 facções armadas locais na região de Suwayda, na Síria, anunciaram a formação de uma nova "Guarda Nacional" para defender a comunidade drusa de futuros ataques de tribos beduínas aliadas ao governo de Damasco e, assim, evitar uma repetição dos violentos confrontos de julho, que deixaram quase 1.700 mortos.
A Guarda Nacional, que também será conhecida pelo seu nome alternativo, Exército Nacional Unificado, foi inaugurada neste sábado, coincidindo com a decisão da Comissão Eleitoral Síria de adiar as eleições legislativas nacionais da região, programadas para setembro "por razões de segurança".
Esta nova formação seguirá as ordens do homem que se tornou o homem forte da região, o "líder espiritual" da comunidade drusa, Hikmat al-Hijri.
"A Guarda Nacional seguirá a orientação da presidência espiritual da seita drusa, representada pelo xeque Hikmat al-Hijri, que é considerado a figura legítima autorizada a expressar a posição pública da comunidade", disseram eles em sua declaração, publicada pela mídia síria.
A nova estrutura visa trabalhar em cooperação com as forças locais e unidades de apoio com a missão de "defender a montanha" — uma referência ao Monte Druso, o ponto alto de Sueida e um símbolo histórico da comunidade — e "preservar a identidade unitária drusa", acrescenta a nota de apresentação da nova formação armada, que exclui pequenos grupos drusos leais às autoridades de Damasco.