O Representante Permanente da Rússia na ONU, Dmitry Poliansky, convocou na sexta-feira uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre a explosão do gasoduto Nord Stream, após a prisão na Itália de um cidadão ucraniano suspeito de sabotar sua infraestrutura poucos meses após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
"Em conexão com novas informações sobre a prisão de um suspeito de orquestrar os ataques terroristas contra o Nord Stream em setembro de 2022, a Rússia solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU", anunciou o representante russo em uma breve declaração divulgada via Telegram, que ele acompanhou com um link para a notícia da prisão.
Com esta reunião, a delegação russa busca — entre outros objetivos — "chamar a atenção para os atrasos na investigação alemã e sua falta de transparência perante o Conselho de Segurança", como o próprio Polianski esclareceu.
"A presidência panamenha do SC (Conselho de Segurança) agendou a reunião para as 16h, horário de Nova York (23h, horário de Moscou), do dia 26 de agosto", conclui o comunicado.
O pedido ocorre após o Ministério Público alemão anunciar na quinta-feira a prisão de um cidadão ucraniano suspeito de coordenar a sabotagem do gasoduto Nord Stream em setembro de 2022, abrindo um novo capítulo em uma invasão russa que mal havia começado.
Este ucraniano foi preso nesta quinta-feira pela polícia em Rimini, no leste da Itália, e sua extradição para a Alemanha, país por onde passam esses gasodutos da Rússia pelo Mar Báltico, estava prevista para terminar.
Em 26 de setembro de 2022, três das quatro linhas dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 sofreram uma explosão ao passar pelo Mar Báltico, perto da ilha dinamarquesa de Bornholm e na costa da Suécia.
O Nord Stream 1 já havia sido usado para fornecer gás russo à Alemanha, enquanto o Nord Stream 2 nunca foi colocado em operação após a invasão total da Ucrânia.