Parem de sangrar o povo! Mais um imposto, sem tocar em privilégios.

por 14 de agosto de 2025

O PIT-CNT propõe outro imposto no Uruguai, onde a carga tributária já está sufocando cidadãos e empresas.

O governo central está propondo um novo imposto de 1% sobre os "mais ricos". Mas o Uruguai atingiu seu limite: o sistema tributário está no limite, e a classe média está mais uma vez presa no meio de um jogo que não escolheu.


A pressão tributária no Uruguai continua aumentando, agora com apoio sindical.

Num país saturado de impostos, o PIT-CNT propõe um novo imposto para financiar propostas que ninguém votou e que, mais uma vez, serão pagas pelas mesmas pessoas de sempre.

O Uruguai tem mais de 100 impostos. Quase tudo o que é consumido, produzido, faturado ou herdado paga alguma coisa. Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), Imposto de Renda da Previdência Social (IASS), IVA, IMESI (Imposto de Renda de Imigrantes), impostos municipais, contribuições patronais e pessoais, IPTU, imposto de selo, retenções na fonte. A lista é interminável. No entanto, para o PIT-CNT, não é suficiente.

Em sua primeira reunião formal com o presidente Yamandú Orsi, a nova liderança sindical propôs aplicar um imposto de 1% aos "setores mais ricos". Apresentaram a medida como uma solução para combater a pobreza infantil, como se a única coisa que faltasse neste país fosse mais dinheiro nas mãos do Estado.

A proposta parece escrita com tinta ideológica, não com números reais. Ninguém explica como se define "rico". Alguém com um bom salário ganha muito, mesmo pagando imposto de renda, contribuição previdenciária e sustentando a família? Um pequeno empresário que mal consegue pagar salários, luz e benefícios previdenciários é rico?

O discurso de solidariedade disfarçado de justiça social não se move mais. Os bolsos estão vazios. A classe média paga tudo e não recebe nada. O setor informal escapa do sistema, os grandes players não se importam e os "ricos" clássicos já descobriram há muito tempo como transferir seu dinheiro para o exterior.

Enquanto isso, no conforto de um sindicato bem financiado, com cargos bem remunerados e filiação profissional, exige-se outro esforço. De novo. Sempre outro.

Justiça fiscal ou populismo?

A proposta também inclui a redução da semana de trabalho para 40 horas, mas o pagamento de 48. Um presente de palavras, impossível de sustentar sem destruir empregos no setor privado. Quem paga a diferença? O empregador. E com que margem, se eles lutam para sobreviver todo mês?

Tudo isso acontece justamente quando se discute o novo orçamento nacional, o futuro da previdência social e os salários reais. Mas o aspecto mais doloroso é o cinismo com que "soluções" financiadas com dinheiro alheio são propostas.

Não há proposta de corte de gastos públicos. Não há autocrítica sobre o desperdício de dinheiro. Não há interesse real em otimizar o Estado. Há apenas uma obsessão: continuar pressionando as mesmas pessoas até elas explodirem.

Chega de pagar impostos para apoiar as ideias dos outros

O Uruguai está fiscalmente esgotado. A carga tributária não é apenas alta, como também injusta e mal distribuída. E agora a solução para todo esse problema é criar mais um imposto, sem reforma estrutural, sem controle de gastos, sem eficiência.

O PIT-CNT quer apresentar suas ideias como se representasse o povo. Mas o povo está cansado. Cansado de pagar, cansado de ceder, cansado de apoiar estruturas que não geram, não produzem e não assumem responsabilidades.

Um novo imposto, neste contexto, não é justiça social: é pilhagem encoberta .

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