Padre argentino é condenado por abuso infantil durante acampamento de escoteiros em Córdoba

por 14 de agosto de 2025

Sacerdote argentino é condenado por abusar sexualmente de menor durante acampamento de escoteiros em Córdoba.

O tribunal de Santa Fé condenou um padre a três anos de pena suspensa por abuso sexual agravado durante um acampamento de escoteiros em Córdoba. Ele também foi impedido de exercer o sacerdócio e sujeito a restrições de contato e viagens.


Um padre argentino condenado por abuso sexual não poderá mais servir como padre.

O padre foi proibido para sempre de exercer o ministério religioso na Argentina.

O tribunal de Santa Fé condenou um padre de 57 anos a três anos de prisão suspensa após ele admitir ter abusado de uma menor durante um acampamento de escoteiros realizado na província de Córdoba em janeiro de 2025.

O abuso ocorreu duas vezes, nos dias 6 e 8 de janeiro, enquanto o padre conduzia serviços religiosos para um grupo de jovens da cidade de Ramona, em Santa Fé. Aproximadamente 110 pessoas, incluindo crianças e adolescentes, participaram do acampamento, que ocorreu na região de Río Ceballos.

A decisão foi proferida em julgamento sumário, em audiência realizada no Tribunal de Rafaela. O juiz presidente o condenou por abuso sexual simples, agravado por sua condição de ministro religioso, e uso de violência. O acusado não poderá mais exercer o sacerdócio.

Além da proibição perpétua, várias outras medidas foram impostas: o padre deverá fixar residência em uma congregação na província de Córdoba, será supervisionado pela Diretoria de Assistência e Controle Pós-Prisional e não poderá se aproximar ou entrar em contato com a vítima. Ele também foi proibido de entrar na cidade de Ramona e obrigado a participar de workshops sobre masculinidade ou terapia psicológica.

Tanto a vítima, atualmente maior de idade, quanto seu representante legal concordaram com o procedimento judicial e a pena imposta, conforme foi revelado após a sentença.

Protocolo interno na diocese

Após o caso, a diocese correspondente indicou que um protocolo interno para tais situações foi imediatamente ativado, estabelecendo a suspensão total das funções pastorais do padre.

O padre também foi proibido de residir ou prestar serviços em outras comunidades, bem como de qualquer contato com menores, vítimas ou testemunhas do incidente. As autoridades eclesiásticas declararam ter informado a família da vítima sobre seu direito de apresentar queixa legal e expressaram sua total disposição em cooperar com a investigação.

Ao mesmo tempo, foi reafirmado o compromisso da instituição com a prevenção de abusos no âmbito eclesiástico e assegurado que medidas de proteção à criança e ao adolescente continuarão sendo implementadas.

Perfil do padre

O condenado nasceu em Rafaela, onde reside sua família imediata. Sua formação religiosa ocorreu no seminário de Córdoba e ele foi ordenado na Igreja de Guadalupe. Durante suas quase três décadas de atividade pastoral, serviu em diversas paróquias da província, incluindo Tacural, Ceres, San Vicente e Ramona, onde assumiu o cargo em abril de 2024.

A sentença marca o fim de um processo judicial resolvido em menos de sete meses e reacende o debate sobre abuso sexual em contextos religiosos na Argentina. Embora a sentença seja condicional, as restrições impostas e a proibição permanente representam uma sanção simbólica dentro do sistema judiciário argentino.

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