MADRI, 22 (EUROPA PRESS)
O ministro das Relações Exteriores holandês, Caspar Veldkamp, anunciou sua renúncia na sexta-feira após perceber que os desacordos dentro da coalizão governante sobre a imposição de novas sanções contra Israel são agora intransponíveis, o que também levou à saída de todos os representantes do Novo Contrato Social (NSC) do governo.
Veldkamp prometeu ao Parlamento na quinta-feira adotar punições em retaliação à situação humanitária na Faixa de Gaza, mas nesta sexta-feira ele viu em uma reunião que nem todos os ministros estão dispostos a fazê-lo.
Após vivenciar essa "resistência", o ministro anunciou que renunciará. "Não acredito que as coisas vão mudar, e meu escopo de ação é limitado", declarou ele em declaração à imprensa, divulgada pela emissora estatal de televisão NOS.
Mas o movimento não parou por aí. O líder do NSC e vice-primeiro-ministro, Eddy Van Hijum, também anunciou que todos os membros do partido com representação na primeira ou segunda linha do gabinete seguiriam a liderança de Veldkamp, deixando as pastas do Interior, Educação e Saúde vagas.
O governo holandês está no poder desde junho, após a saída do Partido para a Liberdade (PVV), de extrema direita, de Geert Wilders, que deixou o bloco, até então reduzido a três partidos, sem maioria. Além do Conselho Nacional de Segurança (NSC), a coalizão também inclui o Partido Popular para a Liberdade e a Democracia (VVD) e o Movimento Camponês-Cidadão (BBB).