Infosalus.- Radiologistas vasculares lamentam o conhecimento "deficiente" dos médicos de família sobre sua especialidade.

por 20 de agosto de 2025
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MADRI, 20 (EUROPA PRESS)

Radiologistas vasculares e intervencionistas lamentam o conhecimento "deficiente" dos médicos de família sobre sua especialidade, o que impede que muitos pacientes tenham acesso rápido aos procedimentos e intervenções que os radiologistas vasculares e intervencionistas podem realizar.

Em uma pesquisa realizada pela Sociedade Espanhola de Radiologia Vascular e Intervencionista (SERVEI), até 76% dos médicos de família reconheceram seu baixo nível de conhecimento sobre o assunto, e muitos nem sabem quais intervenções são realizadas em sua especialidade.

"Nossas especialidades evoluíram paralelamente, mas sem muitos pontos em comum, o que criou uma desconexão estrutural entre os níveis de cuidado. A raiz do problema é que muitas vezes não há canais diretos estabelecidos entre as duas especialidades, espaços clínicos compartilhados ou áreas de treinamento comuns que facilitem o entendimento mútuo e a colaboração", afirmou Rebeca Pintado, radiologista intervencionista do Hospital Universitário Río Hortega, em Valladolid, e autora da pesquisa.

Ele argumentou que essa falta de estrutura organizacional é o que impede uma relação "fluida" entre as duas especialidades, reforçando a já mencionada falta de conhecimento entre os médicos de família.

O Dr. Pintado destacou que, para suprir essa falta de conhecimento, é "fundamental" incluir conteúdo sobre radiologia vascular e intervencionista no programa de treinamento MIR da Medicina de Família, bem como adicionar esse conteúdo aos programas de educação continuada.

"É essencial que os médicos de família saibam desde o início da sua formação o que fazemos, em que contextos clínicos podemos intervir e quais os benefícios que oferecemos, para que nos considerem como uma opção de encaminhamento", acrescentou.

Pintado também destacou a necessidade de criar espaços colaborativos "reais" entre as duas especialidades, como sessões clínicas conjuntas, workshops interdisciplinares e atividades de treinamento compartilhadas.

Da mesma forma, o desenvolvimento e a disseminação de caminhos de cuidados compartilhados e protocolos clínicos que incluam radiologia vascular e intervencionista em vários processos diagnósticos e terapêuticos têm sido considerados "fundamentais".

"Isso não só nos daria visibilidade, mas também facilitaria encaminhamentos apropriados e contribuiria para uma abordagem mais abrangente ao atendimento ao paciente", acrescentou, detalhando que os pacientes seriam mais beneficiados ao obter acesso "mais rápido e direto" a certos procedimentos para condições vasculares e musculoesqueléticas, tratamento da dor crônica e outras situações clínicas.

Embora 90% dos médicos de família tenham admitido nunca ter encaminhado um paciente, até 75% expressaram sua disposição de fazer mais encaminhamentos se tivessem mais conhecimento sobre o assunto.

Da mesma forma, eles reclamaram dos obstáculos administrativos e da impossibilidade de encaminhar diretamente os pacientes para as unidades de radiologia vascular e intervencionista.

"Atualmente, muitos pacientes precisam consultar outros especialistas antes de chegar à radiologia vascular e intervencionista, o que atrasa nossas intervenções. Esse acesso precoce permite uma atuação oportuna com técnicas minimamente invasivas que não só são eficazes, como também reduzem o risco de complicações, encurtam o tempo de recuperação e melhoram significativamente a qualidade de vida", concluiu Pintado.

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