Orçamento do Ministério do Interior: Orsi responde às críticas
Orçamento do Ministério do Interior: O presidente Yamandú Orsi defendeu a alocação de verbas e respondeu a perguntas da oposição sobre segurança, prisões e promessas de campanha. O debate eclodiu no Parlamento após o ministro Carlos Negro apresentar a proposta orçamentária e gerou conflitos entre o partido governista e a oposição sobre o cumprimento das promessas de campanha.
Debate político sobre o orçamento do Ministério do Interior
Durante a sessão da comissão da Câmara que estuda o Orçamento Nacional, vários parlamentares da oposição expressaram seu desacordo com o valor alocado ao Ministério do Interior . Um dos mais críticos foi o deputado do Colorado, Gabriel Gurméndez, que acusou o governo de não cumprir a promessa de contratar 2.000 novos policiais. Segundo o parlamentar, o recrutamento de policiais só começaria em 2026, ano que ele descreveu como "tardio e insuficiente".
Gurméndez também questionou a falha do orçamento em incluir medidas urgentes para melhorar a segurança em áreas vulneráveis e alertou que a falta de recursos pode afetar as operações policiais no curto prazo.
Execução gradual do orçamento do Ministério do Interior
Questionado pela imprensa após participar de um evento oficial, Orsi negou ter feito promessas concretas durante a campanha eleitoral. "Eu me comprometi com certas coisas, não com promessas específicas", afirmou. O presidente reconheceu a preocupação da oposição com a situação prisional e a segurança, e afirmou que essa preocupação obriga o governo a ser mais firme e claro em suas decisões.
"Está entre as prioridades. Os ministros explicam os cronogramas e as etapas. É bom que eles estejam preocupados, porque isso nos fortalece institucionalmente", acrescentou Orsi, referindo-se às perguntas recebidas.
Segurança e prisões no orçamento do Ministério do Interior
O projeto de lei apresentado pelo Poder Executivo prevê um aumento de US$ 140 milhões no curto prazo e US$ 240 milhões até o final do mandato. Desse total, 40% serão destinados a políticas para a infância e adolescência, enquanto 15% serão destinados diretamente à segurança pública. Isso inclui o aumento de pessoal no Instituto Nacional de Reabilitação e no Ministério do Interior, a criação de promotorias especializadas, a instalação de novas câmeras de vigilância e o uso de tornozeleiras eletrônicas.
Ministro Negro detalha a execução
Em entrevista coletiva, o Ministro do Interior, Carlos Negro, garantiu que o governo está cumprindo seu compromisso de fortalecer a força policial. "Estamos preenchendo mais de mil vagas, o que representa novos policiais. Além disso, 500 policiais serão incorporados ao Instituto Nacional de Reabilitação", explicou. Negro acrescentou que o restante do recrutamento será concluído ao longo do período de cinco anos e que o processo de incorporação está alinhado com a capacidade logística do estado.
Ele também destacou que o orçamento do Ministério do Interior inclui melhorias na infraestrutura prisional, treinamento de pessoal e fortalecimento das áreas de investigação criminal. A implementação será gradual, mas com metas claras para cada etapa do período.
O que vem a seguir no Parlamento em relação ao orçamento do Ministério do Interior?
A discussão sobre o orçamento do Ministério do Interior gira não apenas em torno de números, mas também de prioridades políticas. Enquanto a oposição exige resultados imediatos, o partido no poder defende uma implementação em fases que inclua infraestrutura, pessoal e tecnologia . Enquanto isso, os cidadãos acompanham de perto como uma das questões mais sensíveis do país está sendo tratada.
Organizações sociais reivindicam maior transparência na execução orçamentária e alertam para a necessidade de fortalecer a presença institucional em bairros periféricos. Além do aumento de pessoal, reivindicam a priorização de políticas de prevenção e reabilitação.
O projeto de lei continuará sendo analisado em comissão antes de seguir para o plenário. O Ministério do Interior deverá apresentar relatórios complementares sobre sua implementação planejada, e os ajustes serão definidos com base em negociações políticas. A oposição, por sua vez, anunciou que insistirá em modificar itens relacionados à segurança e buscará compromissos mais concretos quanto à contratação de novos policiais.