A UAM registra as principais variações em frutas, vegetais e frutas cítricas

por 18 de agosto de 2025

O último relatório semanal do Observatório Agrícola, correspondente à Unidade Metropolitana de Agroalimentação (UAM), revelou variações significativas em frutas e vegetais durante a semana de 9 a 15 de agosto. O destaque foi o crescimento da pera Packham's Triumph, que desbancou a tradicional William's como variedade dominante.

Na categoria de frutas decíduas, o declínio sazonal da variedade William's deu lugar à Packham's, que, embora historicamente menos popular, tem maior prazo de validade. Este ano, também houve uma colheita menor de Packham's, elevando os preços de ambas as variedades, especialmente para itens de maior qualidade.

No caso das maçãs, a diferença habitual permanecia entre os lotes comuns, armazenados em câmaras convencionais, e aqueles de qualidade superior, mantidos em "atmosferas controladas", que alcançavam os maiores preços de mercado.

Caquis e marmelos permanecem no mercado, embora a deterioração natural seja perceptível após semanas de armazenamento. Os primeiros mirtilos da costa norte também foram registrados, ainda imaturos e escassos, embora uma melhora seja esperada até o final do mês, de acordo com especialistas do setor.

Entre as frutas cítricas, chegaram os primeiros lotes de laranjas Valência, apresentando boa coloração externa, mas acidez acentuada, típica da falta de maturação interna. As tangerinas Avana continuam diminuindo em quantidade e qualidade, enquanto as variedades Brixy, Bámbola e Ellendale lideram em oferta e sabor. Algumas tangerinas Afourer e Tango já estão maduras demais e danificadas pelo frio.

Os preços da toranja e do kumquat permaneceram estáveis ​​e disponíveis. No entanto, os preços do limão ficaram dispersos, com os itens afetados pela onda de frio sendo negociados abaixo da média.

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Variações na oferta de frutas e vegetais impactaram os preços na UAM durante a segunda semana de agosto.

Para hortaliças folhosas, brotando e florescendo, o inverno favorece uma oferta maior e melhor. Brócolis, couve-flor, rúcula, nabo, couve-de-bruxelas e agrião aumentaram em disponibilidade, resultando em preços mais baixos. Acelga, espinafre e alface também foram abundantes, reforçando essa tendência.

Para salsa, alho-poró e beterraba, a aproximação da temporada de floração — impulsionada por dias mais longos — está pressionando os produtores a venderem mais cedo, gerando pressão de baixa. Enquanto isso, manjericão e cebolinha continuam enfrentando oferta limitada e preços altos. O milho apresentou entradas significativas da Argentina, o que aumentou a oferta e forçou ajustes de baixa.

Com a chegada dos primeiros lotes de aspargos e alcachofras, antecipa-se a chegada da primavera.

Nas hortaliças frutíferas, as baixas temperaturas impactaram o amadurecimento e o desenvolvimento das culturas, reduzindo a oferta e a qualidade. Os pimentões verdes apresentaram escassez de oferta devido à diminuição da floração e da frutificação, enquanto os pimentões vermelhos apresentaram problemas de cor e formato, o que levou a leves aumentos de preço. Os tomates mantiveram seus níveis de oferta, embora com problemas de polpa devido ao amadurecimento irregular.

Itens como pepino, berinjela, abobrinha e feijão verde continuaram escassos, com preços em alta.

Quanto aos vegetais secos, a oferta geral permaneceu estável. No entanto, o alho apresentou problemas devido à desidratação e à brotação após armazenamento prolongado. Também foi evidente a predominância de tamanhos médio e pequeno. Espera-se que as remessas chinesas cheguem em breve, o que pode equilibrar o mercado.

No caso da cebola, lotes importados da Argentina e do Brasil ajudaram a estabilizar os preços e melhorar a qualidade. A batata-doce nativa, especialmente a variedade Cuarí, apresentou desidratação interna, o que favoreceu a entrada da variedade Rubi devido ao seu melhor desempenho pós-colheita. A batata-doce tipo cenoura (Cuabé) manteve sua oferta, mas com um ligeiro aumento nos preços da melhor qualidade.

Batata, cenoura e abóbora (Kabutiá e abobrinha) continuaram apresentando níveis de oferta e preço estáveis, sem grandes variações.

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