O.Próximo.- Albares ressalta que os planos de Israel na Cisjordânia "violam o direito internacional".

por 14 de agosto de 2025

MADRI, 14 (EUROPA PRESS)

O ministro das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, enfatizou que os planos de Israel de construir mais de 3.000 novas casas para expandir um assentamento que dividiria a Cisjordânia são "uma nova violação do direito internacional" e "ataque" à solução de dois Estados.

Albares fez esta declaração em uma mensagem na rede social 'X', logo após a ONU e a União Europeia também condenarem e rejeitarem esta decisão do governo israelense, garantindo que qualquer mudança territorial deve ser resultado de um acordo político entre as partes.

"A decisão do governo israelense de construir 3.000 unidades habitacionais na Cisjordânia é mais uma violação do direito internacional. Ela mina a viabilidade da solução de dois Estados, o único caminho para a paz. Condenamos a expansão dos assentamentos e a violência dos colonos", alertou o ministro.

A REAÇÃO DA UE

A porta-voz de Relações Exteriores da UE, Anitta Hipper, declarou que "a posição da UE é rejeitar qualquer mudança territorial que não faça parte de um acordo político entre as partes envolvidas".

Ele também reiterou seu apelo a Israel para "interromper a construção de assentamentos" e pediu que "revogue essa decisão, observando suas profundas implicações e a necessidade de considerar medidas para proteger a viabilidade da solução de dois Estados".

"A política de assentamentos israelense, que inclui demolições, transferências forçadas, despejos e confiscos de casas, deve cessar", ele enfatizou, enfatizando que, se implementada, tal construção "cortará permanentemente a contiguidade territorial entre a Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental, bem como a conexão entre o norte e o sul da Cisjordânia".

Nesse sentido, ele enfatizou que "essas decisões unilaterais", somadas à "contínua" violência dos colonos e às operações militares, "estão agravando uma situação já tensa no terreno e minando ainda mais qualquer possibilidade de paz".

NAÇÕES UNIDAS APELAM À PARALISAÇÃO DA CONSTRUÇÃO

O Secretário-Geral das Nações Unidas também se manifestou a esse respeito, apelando a Israel para que "não o faça e interrompa o avanço deste processo". Além disso, enfatizou que sua posição sobre os assentamentos "é clara": eles violam o direito internacional e "consolidam ainda mais a ocupação e dificultam ainda mais a possibilidade de uma solução de dois Estados".

Nos Estados Unidos, um porta-voz do Departamento de Estado, quando questionado sobre o assunto, simplesmente declarou que "uma Cisjordânia estável mantém Israel seguro e se alinha com o objetivo deste governo de alcançar a paz na região", de acordo com uma declaração enviada à Europa Press.

No dia anterior, Smotrich anunciou um plano para construir mais de 3.000 novas casas como parte de um controverso plano de desenvolvimento para conectar Jerusalém Oriental ao assentamento de Maale Adumim, alegando que a medida "enterra a ideia de um Estado palestino". Com esse plano, ele espera dobrar a população do assentamento, com 35.000 novos moradores previstos para os próximos anos.

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