O Ministério Público pede uma pena de 15 anos de prisão para o ex-presidente, que alega ser vítima de "perseguição política".
MADRI, 14 (EUROPA PRESS)
O poder judiciário do Peru anunciou nesta quarta-feira que impôs uma pena de cinco meses de prisão preventiva ao ex-presidente Martín Vizcarra (2018-2020) em um caso de suposta corrupção passiva.
O juiz do Sétimo Tribunal Nacional de Instrução Preparatória, Jorge Chávez Tamariz, ordenou a execução imediata da pena de prisão, segundo informou o poder judiciário do país andino em um breve comunicado publicado em seu perfil na rede social X.
Durante a audiência, ele explicou que há risco de processo e fuga, bem como comportamento questionável por parte dos acusados, razões pelas quais declarou procedente o pedido do Ministério Público, segundo a rádio RPP.
Mais tarde, o ex-presidente chamou a medida de "injustiça total" e denunciou ser vítima de "perseguição política". "O que fizeram comigo é um abuso total dos meus direitos; continuarei lutando e me defendendo", afirmou em um vídeo publicado em sua conta no TikTok.
Nesse sentido, ele afirmou que soube da decisão há dois dias e declarou que "há um pacto mafioso que governa o Peru, se apoderando das instituições e poderes do Estado, e agora demonstra isso interferindo no poder judiciário".
Por isso, ele apelou à comunidade internacional e aos seus concidadãos para que "levantem suas vozes e lutem para salvar a democracia peruana".
Vizcarra está sendo investigado como suposto autor de corrupção passiva durante o processo de licitação de obras públicas enquanto era governador de Moquegua, no sul do país. Especificamente, os projetos envolveram duas obras públicas: "Lomas de Ilo" e "Hospital de Moquegua".
