Dólar cai em agosto: Análise do mercado de câmbio uruguaio

por 30 de agosto de 2025

Em julho de 2025, o dólar americano experimentou sua primeira valorização mensal do ano no Uruguai. No entanto, agosto trouxe uma mudança de tendência. A moeda americana se desvalorizou, apresentando uma queda de 0,5% no mês, de acordo com a comparação entre o fechamento de julho e agosto. No nível interbancário, a situação foi relativamente estável, com uma ligeira alta de apenas 0,02%, atingindo uma média de US$ 39,995. No último dia do mês, o dólar foi negociado entre US$ 39,95 e US$ 40,05, fechando em seu pico com uma alta marginal de 0,18% em relação ao dia anterior.

Analisando o desempenho anual, o dólar acumulou uma queda de 9,24% até agora em 2025 e uma queda de 0,84% nos últimos doze meses. Durante agosto, as flutuações foram uniformes: dez dias com alta e dez com queda, com no máximo dois dias consecutivos da mesma tendência. O valor médio do dólar em agosto foi de US$ 40,043, 0,5% abaixo da média mensal de julho.

O volume de transações na Bolsa Eletrônica de Valores (Bevsa) atingiu 793 transações no mês, totalizando US$ 453 milhões. Ontem, o número caiu para 63, totalizando US$ 38,8 milhões. Nas bolsas do Banco República, o dólar manteve seu valor de compra, enquanto as vendas subiram dez centavos, fechando em US$ 38,80 e US$ 41,30, respectivamente. Na análise "ponta a ponta" de agosto, as compras caíram 25 centavos e as vendas, 15 centavos.

No cenário internacional, o Brasil, mercado de referência do Uruguai , viu o dólar subir 0,28%, fechando a 5,4264 reais. Na comparação mensal, o dólar no Brasil caiu 3,14%, representando uma queda acumulada de 12,37% no ano. Na Argentina, o dólar oficial caiu 1,48%, fechando a 1.323,83 pesos argentinos . Em agosto, a queda foi de 2,07%, enquanto no acumulado do ano a alta chegou a 28,28%. O dólar azul fechou a 1.345 pesos argentinos.

Em relação aos indicadores econômicos, o risco-país, medido pelo Índice República AFAP UBI, caiu três pontos, fechando em 70 pontos-base. Essa ligeira queda se refletiu em um preço ligeiramente menor para os títulos uruguaios e um desempenho misto para os títulos do Tesouro dos EUA. Durante o mês, o risco-país permaneceu estável, apresentando uma queda de nove pontos-base no ano. A taxa média de juros de call para agosto ficou em 8,86%, em linha com a meta do Banco Central de 8,75%.

Por outro lado, a competitividade externa dos produtos uruguaios piorou 2,13% em julho em relação a junho, marcando o segundo mês consecutivo de queda. Na comparação interanual (julho de 2025 vs. julho de 2024), o Índice de Taxa de Câmbio Real apresentou uma melhora de 3,09%, estendendo a sequência de aumentos interanuais para 17 meses consecutivos. A análise da competitividade, tanto em nível regional quanto extrarregional, revela flutuações significativas nas comparações mensais e interanuais com diversos países. Observa-se uma queda na competitividade em relação a alguns parceiros comerciais importantes, como os Estados Unidos e a China.

É importante lembrar que a taxa de câmbio real é um indicador-chave, mas não o único, para avaliar a competitividade de um país.

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