
O presidente Javier Milei assumiu hoje a liderança da disputa eleitoral que antecede as eleições de 7 de setembro na província de Buenos Aires. Em um grande evento no Clube Atenas, em La Plata, o líder nacional apresentou oficialmente os principais candidatos das oito regiões eleitorais, com o objetivo de ampliar a representação dos libertários na legislatura provincial. O slogan, visível na primeira foto oficial, foi "Kirchnerismo nunca mais", um grito de guerra que uniu todos os discursos, com particular fervor no discurso final do chefe de Estado. A participação de militantes libertários foi esmagadora, um apoio que o governo considera fundamental para consolidar o projeto presidencial para o segundo semestre de seu mandato.

Após a foto de lançamento em Villa Celina, La Matanza, ao lado do presidente e dos principais representantes da aliança, cuja base é La Libertad Avanza e o PRO (Partido Proservatório), os candidatos libertários adotaram o slogan "Nunca Mais". "Nunca mais insegurança, nunca mais abandono, nunca mais corrupção. Kirchnerismo nunca mais", foi a mensagem reiterada no comunicado do partido de La Plata.
“Kirchnerismo nunca mais”, as fortes palavras finais de Milei
Javier Milei concluiu o evento em La Plata repetindo a frase que marcou todo o dia: "Kirchnerismo nunca mais". Na parte final de seu discurso, o presidente intensificou suas críticas à administração da província de Buenos Aires e pediu uma mudança de rumo.
“Esta província vem se deteriorando há décadas, em vez de prosperar. É como se quebrassem suas pernas e depois lhe vendessem uma cadeira de rodas a um preço inflacionado, esperando que você os agradecesse. Querem que você acredite que sua liberdade se mede nos prédios do Ministério da Mulher, em vez de poder viajar de ônibus sem medo de ser assaltada ou assassinada”, declarou o chefe de Estado.
Comentário de Milei sobre Cristina Kirchner
Sem citá-la, o presidente fez um comentário direcionado à ex-presidente, afirmando que não há possibilidade de diálogo com seus principais oponentes. "O que se pode esperar de pessoas que saquearam tanto e com tanta desfaçatez, a ponto de agora só poderem olhar da sacada e ver duas pessoas vindo cumprimentá-las?", disse ele. Após essa declaração, os apoiadores começaram a gritar: "Tornozeleira! Tornozeleira!"
Milei promete não insultar mais, com uma condição
O presidente reafirmou sua decisão de não usar insultos em seus debates. "Percebi que estava dando aos fundamentalistas uma desculpa formal, que na verdade é uma fachada vazia. Então, vamos falar de ideias, porque temos muitas delas", afirmou.
No entanto, ele alertou que "manterei essa promessa apenas com interlocutores de boa-fé".
Milei destaca a importância do voto
Em outro trecho de seu discurso, Milei alertou que "não votar não é uma opção" e observou que a abstenção poderia prejudicar o partido governista. "Eles querem que os portenhos honestos fiquem em casa, para que apenas seus funcionários públicos possam votar. Não é por acaso que há oito prefeitos concorrendo a cargos no terceiro distrito eleitoral, mesmo sem a intenção de assumir. É uma fraude moral", criticou.
“O preço de ignorar a política é ser governado pelos piores, e eles são ruins. Passamos muito tempo desatentos, e é hora de nos envolvermos e expulsá-los de uma vez por todas. É por isso que nós, portenhos, não podemos deixá-los escapar impunes; temos que ir às ruas e votar, mesmo para cargos provinciais que a maioria das pessoas nem conhece. Temos que votar, como se fosse um ato de legítima defesa”, acrescentou.
Referência de Milei ao caso do fentanil

Em suas críticas habituais ao papel do Estado na vida cotidiana, o presidente fez alusão à investigação judicial sobre o fentanil adulterado no sistema de saúde, que resultou em quase 100 mortes.
"O mais grave é como, tendo assumido tantos níveis de governo, tanto provinciais quanto nacionais, eles conseguem se safar de qualquer atrocidade, independentemente da gravidade. Um exemplo é o flagrante acobertamento por Ariel Furaro, um antigo aliado kirchnerista, no caso do fentanil", disse o presidente.
"Parece-lhe normal que o juiz do caso seja irmão do Ministro da Saúde de Kicillof? Esse é o modelo de clientelismo, corrupção, encobrimento e crime que já arruinou o país e ao qual se apegam nesta província, apesar dos danos que causam", concluiu.
Milei: "O kirchnerismo é mais prejudicial que o tráfico de drogas."

“Essa negligência transformou a província em um mar de violência. O cotidiano dos portenhos se tornou um inferno de insegurança e medo. As estatísticas de criminalidade continuam aumentando, com La Matanza registrando a maior taxa de homicídios do país, quase seis vezes a de Rosário. O kirchnerismo é mais prejudicial do que o narcotráfico”, exclamou.
"Buenos Aires é uma província onde há um assalto a cada quatro minutos, o que leva a greves constantes de motoristas de ônibus que exigem mais segurança nas ruas. Os portenhos não devem apenas proteger o que ganham, mas também fazer todo o possível para continuar trabalhando", afirmou.
Milei refere-se a Kicillof como um “anão comunista”

“A população de Buenos Aires está tão acostumada a este presente sombrio que muitos desistiram e perderam a esperança em um futuro melhor. Aqueles que podem pagar evitam qualquer serviço oferecido pela província. Aqueles que não podem sofrem as constantes falhas dos serviços que o famoso 'Estado atual', aquele que os kirchneristas tantas vezes defendem, deveria fornecer”, afirmou Milei.
"Kicillof e seus seguidores manipulam a população para que ela seja grata. Uma ilusão digna do tirano popular que governa a província, o anão comunista Kicillof", acrescentou.
Milei: "Que alegria ver tantos leões prontos para devorar o kirchnerismo nas urnas."
O chefe de Estado iniciou seu discurso com a energia que lhe é característica, após abrir caminho entre a multidão que o aguardava. "Transformaram a província de Buenos Aires em uma vergonha para o país", declarou o presidente.
"As ruas são terra de ninguém e, em muitos lugares, literalmente terra batida, porque o asfalto nunca chega", continuou. "Criminosos vagam pelas ruas enquanto pessoas vivem presas", acrescentou em outro momento. O tom, assim como o dos candidatos de Buenos Aires, era carregado de duras críticas ao governo Kirchner na região.
Milei abriu caminho pela multidão até o palco
Francisco Adorni: "Tudo o que o kirchnerismo toca, ele destrói."

O irmão do porta-voz presidencial lidera a lista na Oitava Circunscrição Eleitoral, La Plata. No mesmo tom dos demais candidatos, declarou: “O kirchnerismo foi a pior coisa que aconteceu à província e ao país. Tudo o que tocam, destroem. Transformaram o Estado em um tesouro saqueado que se dedicaram a saquear. Defendem uma mulher condenada por corrupção. Encheram-nos de impostos para financiar ativistas e bajuladores, e para nós, criar ou aumentar impostos é roubo. A única maneira de dizer 'Nunca Mais' ao kirchnerismo é votar em La Libertad Avanza, o partido do presidente Javier Milei.”
Alejandro Speroni: “Chega de barbárie kirchnerista”
O candidato da sétima seção, Alejandro Speroni, comentou: "Tenho orgulho de ser a voz desta incrível força de mudança chamada La Libertad Avanza. Com o início desta campanha, vamos convencer as pessoas de que, no dia 7 de setembro, diremos nunca mais à barbárie kirchnerista."
“Também tenho orgulho de fazer parte da equipe excepcional do Ministro da Economia, Toto Caputo. Para citar nosso presidente, ele é o melhor ministro da Economia do mundo. É um homem que conseguiu acabar com o roubo da inflação. Um homem que, seguindo as diretrizes do presidente, fez o gesto supremo de não gerar déficit fiscal e capitalizar o Banco Central para fortalecer nossa moeda”, acrescentou.
Oscar Liberman: "Sou uma das pessoas mais antikirchneristas do país."
Assim como os demais candidatos, o candidato da Sexta Seção Eleitoral criticou duramente o kirchnerismo: “Considero-me orgulhosamente um dos mais antikirchneristas deste país. Entrei na política porque estava cansado de ver como o kirchnerismo devastava Bahía Blanca — minha cidade — e o sul da minha província. Nos transformaram em pessoas geograficamente incapacitadas: nos ignoram. De La Plata, arruinaram todo o nosso potencial produtivo. Poderíamos ser uma das regiões mais ricas do país.”
E concluiu: “Eles nos impuseram mentiras. Querem que normalizemos o que é errado: ‘Eles roubam, mas fazem coisas’, disseram, mas, na realidade, roubam e não fazem nada, e agora roubam e desfazem tudo. No dia 7 de setembro, todos nós devemos sair e votar para dizer Kirchnerismo Nunca Mais. Devemos votar livremente, porque a liberdade se exerce.”
Guillermo Montenegro: "Há anos venho observando o kirchnerismo proteger criminosos."
O prefeito de Mar del Plata e candidato à quinta seção eleitoral, Guillermo Montenegro, observou: “Há décadas, vejo o kirchnerismo mergulhar a província de Buenos Aires na miséria. Há anos os vejo defender criminosos. Há anos os vejo usurpar e se defender contra usurpações. No dia 7 de setembro, dois modelos serão eleitos: o modelo kirchnerista, que defende os ladrões, e o nosso, que defende os trabalhadores, a liberdade e o trabalho duro.”
Ele acrescentou: “Em Mar del Plata, criamos uma patrulha municipal para defender os moradores das 'fisuras' (ladrões), dos 'trapitos' (ladrões de lixo) e dos invasores. O que o kirchnerismo fez? Entrou com uma queixa-crime contra mim. Aqui não há lugar para mornos; aqui há coragem. No dia 7 de setembro, devemos dizer nunca mais aos ladrões, nunca mais às garantias absurdas, nunca mais aos privilégios, nunca mais ao kirchnerismo. Devemos construir uma província com ordem e segurança.”
Maximiliano Bondarenko: "Sou um policial que entrou para a política."
Como todos sabem, sou policial e entrei para a política, o que é raro. Mas sempre serei um justiceiro. Quero contar uma breve história sobre Emilse e Esmeralda, duas irmãs que estavam de moto na quarta-feira passada. Em González Catán, a caminho de um mecânico, dois ladrões de moto as emboscaram como chacais. Como hienas atacam, esses predadores”, começou Bondarenko, que lidera a lista do LLA na terceira seção eleitoral.
Ele continuou: "Não preciso te contar como é nas ruas; você sabe muito bem. Emilse desceu da moto e levou um tiro na mão. Esmeralda, sua irmã mais nova, interveio para protegê-la e levou um tiro no peito, matando-a."
Nesse contexto, ele acrescentou: "É isso que o povo de Buenos Aires vivencia todos os dias. Somos como bolas em uma máquina de loteria para criminosos, que giram a cada dia e tiram um número. Olhem para vocês mesmos, porque talvez, devido à ineficiência de um governador, alguns de nós não estejam aqui."
“No dia 7 de setembro, sintam-se fortes como os soldados de San Martín, para proteger esse voto que os vencerá. Vocês são responsáveis por isso. Protejam esse voto, o de suas famílias, o de seus amigos. Garanto que no dia 7 de setembro gritaremos 'Kirchnerismo nunca mais'”, concluiu.
Natalia Blanco: “Kirchnerismo Nunca Mais na Argentina e em Buenos Aires”
A candidata da Segunda Seção Eleitoral apresentou-se ao público e proferiu uma forte mensagem contra o kirchnerismo: “Como todos vocês aqui hoje, estou convencida de que a única maneira de deter o kirchnerismo é a união. E a única opção é a aliança LLA, liderada pelo presidente Javier Milei, que demonstrou a força necessária para superá-los.”
E acrescentou: “Sempre vivi em Zárate, e a única coisa que vi dos governos kirchneristas na província de Buenos Aires foi um governo que protegia mais os criminosos do que as vítimas. Sufocava o campo e os trabalhadores com impostos para continuar sustentando a preguiçosa gangue de La Cámpora. Estou aqui para gritar 'Kirchnerismo Nunca Mais', nunca mais na Argentina ou na província de Buenos Aires.”
Diego Valenzuela denuncia “impostos municipais irracionais” na PBA
O candidato à primeira seção eleitoral, Diego Valenzuela, enfatizou os impostos municipais ao subir ao palco. "Dizemos não aos governos locais que, como parte da província, impõem impostos absurdos, que cobram para abrir um negócio. Se Alberdi, admirado pelo presidente, se levantasse, ele nos mataria", afirmou.
"E o pior é que, fazendo campanha no primeiro trecho, me deparo com impostos ridículos, até mesmo um imposto sobre o "trem da alegria"! Nós, argentinos, sabemos que menos impostos significam mais empregos. Já provamos isso no dia 3 de fevereiro", afirmou o atual prefeito.
Casal: "Esta equipe será a base para governar Buenos Aires em 2027"
Sebastián Pareja, estrategista de La Libertad Avanza, na província de Buenos Aires, foi o anfitrião da cerimônia de abertura em La Plata. Lá, ele agradeceu ao PRO (Partido Nacional Progressista). "Quero agradecer pelo trabalho incansável que fizeram para nos dar o nosso primeiro presidente liberal-libertário. Amigos e aliados do PRO (Partido Nacional Progressista) nesta batalha cultural que estamos determinados a vencer no PBA."
"Todos nós temos um desafio no dia 7 de setembro, que é acabar com a apatia, a mediocridade e o abandono daqueles que amamos a província de Buenos Aires", disse Pareja.
"Para esta missão, decidimos confrontar esses velhos conhecidos, esses candidatos que não passam de uma farsa e que empobrecem o povo argentino. Decidimos oferecer ao povo de Buenos Aires uma opção eleitoral, uma equipe que defenderá o presidente Javier Milei", acrescentou.
"É uma honra e um orgulho para mim apresentar a vocês esta equipe, que será a pedra angular da nossa governança na província de Buenos Aires em 2027", concluiu.
O palco está pronto, esperando por Milei

O palco do Clube Atenas, em La Plata, está montado, aguardando a chegada do presidente Milei e dos candidatos. Ativistas e líderes do La Libertad Avanza lotam as instalações do clube. No palco principal, o presidente Javier Milei se apresentará ao lado dos oito líderes das listas eleitorais da província de Buenos Aires. O chefe de Estado busca alavancar sua imagem para garantir que os candidatos alcancem bons resultados nas urnas em 7 de setembro.