MADRI, 16 (EUROPA PRESS)
A França denunciou a detenção injustificada de seu cidadão Yann Vezilier pelas autoridades militares do Mali. Ele está entre as doze pessoas presas esta semana por participar do que o exército malinês diz ser um plano para desestabilizar o país.
De acordo com fontes da Foreign Affairs que falaram à Bloomberg, essas acusações são completamente "infundadas" e Vezilier é apenas um funcionário da Embaixada Francesa no país.
"Discussões estão em andamento com as autoridades malinesas para dissipar quaisquer mal-entendidos", de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.
O Mali é atualmente governado por uma junta militar instalada após os golpes de agosto de 2020 e maio de 2021, ambos liderados por Assimi Goita, o atual presidente de transição. Ele tem promovido a reaproximação com a Rússia desde que assumiu o poder, distanciando-se tanto da França quanto de governos ocidentais.
As autoridades malinesas confirmaram esta semana a prisão, em 1º de agosto, dos participantes deste "ato subversivo", começando pelo ex-governador da região central de Mopti, Abass Dembélé, até que ele foi eventualmente destituído do cargo pela junta.
No mês passado, Goita assinou uma lei que altera a Carta de Transição e lhe concede um mandato renovável de cinco anos, em meio a críticas da oposição aos seus esforços para consolidar o poder.
O documento, datado de 8 de julho, afirma que, "após a promulgação", o presidente de transição "garantirá o cumprimento da Constituição e da Carta de Transição" e servirá como chefe de Estado por um mandato de cinco anos, renovável quantas vezes forem necessárias, até que o país esteja pacificado.