Infosalus.- A SATSE afirma que a inclusão da aposentadoria antecipada e parcial no Estatuto-Quadro é "inegociável".

por 19 de agosto de 2025

MADRI, 19 (EUROPA PRESS)

O Sindicato dos Enfermeiros, SATSE, afirmou que a inclusão da aposentadoria antecipada e parcial no Estatuto-Quadro dos profissionais de saúde é "inegociável", pois considera que é uma medida que tanto os enfermeiros como os restantes trabalhadores do Sistema Nacional de Saúde (SNS) "merecem", dada a "dificuldade permanente" da sua situação laboral.

Encerrar a vida ativa antes da idade estabelecida sem penalidade financeira é uma das principais reivindicações que o sindicato fez ao Ministério da Saúde durante as negociações realizadas nos últimos dois anos para a reforma do regulamento, enfatizando que isso está em linha com as contribuições de outros grupos profissionais de setores fora do setor da saúde, que já alcançaram esse objetivo.

"Um profissional, por 40 anos ou mais, sofre diariamente inúmeros riscos (psicossociais, biológicos, químicos, físicos, agressões, etc.) e está em contato com a dor e o sofrimento de outras pessoas. Além disso, trabalha em turnos e à noite, o que tem sérias repercussões em sua saúde, tanto física quanto psicológica e emocional", enfatizou a SATSE em um comunicado.

Da mesma forma, ele enfatizou que vários estudos conduzidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) concluíram que "cuidar e ajudar os outros tem um custo alto que aumenta ao longo dos anos".

A SATSE também enfatizou que a aposentadoria antecipada aliviaria as taxas de incapacidade temporária nessas faixas etárias devido a problemas de saúde que, em última análise, afetam os profissionais devido à "natureza e complexidade" do trabalho; e que tornaria possível contratar novos profissionais e rejuvenescer a equipe em centros de saúde, permitindo também economias relacionadas a conceitos que são pagos com carreiras mais longas, como antiguidade ou carreira profissional.

O sindicato também busca tornar efetiva a aposentadoria parcial, prevista na Lei do Estatuto, aprovada em 2003, regulamentando o conceito de "nomeação de substituição".

Outras demandas da SATSE incluem uma redução voluntária na jornada de trabalho após uma certa idade e a isenção de turnos noturnos e de plantão a partir dos 55 anos, sem perda de salário; todas elas são necessárias para que a SATSE aprove o texto.

No início de agosto, a ministra da Saúde, Mónica García, afirmou que o novo Estatuto Quadro não regulará as remunerações nem as aposentadorias antecipadas porque "não são da competência do Ministério", mas sim dependem de "outras leis", "outros ministérios" ou "das comunidades autônomas".

García também anunciou há algumas semanas que esperava levar o novo Estatuto-Quadro ao Conselho de Ministros no próximo outono para evitar "colocá-lo na gaveta" e afirmou que o texto introduz "muitas melhorias", pois permitirá que os profissionais de saúde "deixem para trás" a incerteza jurídica, a instabilidade no emprego e os plantões de 24 horas.

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