Trump denuncia "expurgo" na Coreia do Sul antes de receber seu presidente

Rádio Uruguay al Día
O Mundo Hoje

O presidente dos EUA, Donald Trump, denunciou na segunda-feira um suposto "expurgo" na Coreia do Sul e alertou sobre as potenciais consequências para os investimentos americanos, pouco antes de receber o novo chefe de Estado sul-coreano, Lee Jae Myung, na Casa Branca.

"O que está acontecendo na Coreia do Sul? Parece um expurgo ou uma revolução", disse Trump em uma mensagem na rede social Truth. Ele não justificou essas alusões nem esclareceu se se referia às medidas políticas e judiciais após a controversa adoção da lei marcial em dezembro de 2024.

"Não podemos ter algo assim e fazer negócios", acrescentou o magnata americano, que desde seu retorno à Casa Branca em janeiro tem usado retaliações econômicas, como tarifas, como uma ferramenta de pressão política.

esclareceu suas declarações posteriormente uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca na segunda-feira. "Bem, ouvi dizer que houve ataques a igrejas nos últimos dias, ataques violentos a igrejas pelo novo governo sul-coreano, que até entrou em nossa base militar e roubou informações", afirmou.

"Eles não deveriam ter feito isso, mas ouvi coisas. Não sei se é verdade ou não. Vamos descobrir. Como vocês sabem, seu novo presidente chegará (à Casa Branca) em questão de horas, e espero me encontrar com ele, mas não vamos tolerar isso. Simplesmente não vamos tolerar isso", acrescentou.

Lee Jae Myung venceu as eleições de junho, convocadas no país asiático para tentar virar a página após o terremoto causado pela lei marcial e a consequente queda do presidente anterior, Yoon Suk Yeol, que foi julgado por insurreição e abuso de poder.

Em julho, a Igreja do Evangelho Pleno de Yeouido foi alvo de buscas como parte de uma investigação sobre a morte de um cabo das Forças Armadas. A sede da Igreja da Unificação em Seul também foi revistada por sua suposta relação com a ex-primeira-dama Kim Keon Hee. Além disso, a equipe que investiga a declaração de lei marcial de Lee realizou buscas nas instalações de radar da Base Aérea de Osan, uma base conjunta da Coreia do Sul e dos EUA.