MADRI, 16 (EUROPA PRESS)
Rádio Uruguay al Día
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O governo dos Estados Unidos cancelou os vistos da esposa e da filha de dez anos do Ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, após restrições impostas na última quarta-feira a vistos para autoridades de países africanos e americanos, incluindo o Brasil, para cooperação com missões médicas do governo cubano. Esta medida não afeta Padilha, pois suas autorizações expiram em 2024.
O Departamento de Estado afirmou que indivíduos envolvidos no programa Mais Médicos do Ministério da Saúde contribuíram para um esquema de "exportação de trabalho forçado pelo regime cubano".
Dessa forma, essas novas restrições se somam às impostas a dois servidores que atuaram no Ministério da Saúde do Brasil — Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. Padilha não renova seu visto desde 2024, portanto, ele não está sujeito a cancelamento, segundo a Agência Brasil.
Da mesma forma, os Estados Unidos revogaram vistos e impuseram restrições a vários ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e suas famílias "por sua cumplicidade no esquema de exportação de mão de obra" no âmbito do programa Mais Médicos.
As autoridades americanas argumentaram que, como parte do programa, as autoridades usaram a OPAS "como intermediária com a ditadura cubana para implementá-lo sem cumprir as exigências constitucionais brasileiras, contornando as sanções dos EUA contra Cuba e conscientemente pagando ao regime cubano o que era devido ao pessoal médico".
Após o anúncio, Alexandre Padilha afirmou que "não nos curvaremos diante daqueles que perseguem as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas-chave por trás do Mais Médicos", referindo-se aos dirigentes Sales e Kleiman. Ele comemorou o fato de que, em dois anos, as atuais autoridades brasileiras dobraram o número de médicos neste programa que "salva vidas".
