Direitos humanos. - O CICV pede o fim dos ataques aos profissionais humanitários: "É uma grave traição à humanidade."

por 19 de agosto de 2025

Ele estima que o número de voluntários mortos em Gaza, Sudão, Sudão do Sul, Irã, Etiópia e República Democrática do Congo seja de 18 até agora neste ano.

MADRI, 19 (EUROPA PRESS)

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu na terça-feira o fim dos ataques contra trabalhadores humanitários, um "assassinato" que está aumentando, especialmente em áreas como a Faixa de Gaza, e que a organização considera uma "grave traição à humanidade".

Dados do CICV indicam que 18 voluntários e funcionários morreram até agora neste ano enquanto realizavam "trabalho para salvar vidas" em Gaza, Sudão, Sudão do Sul, Irã, Etiópia e República Democrática do Congo.

"Muitos outros morreram nem mesmo no trabalho, mas em casa, com suas famílias ou simplesmente vivendo suas vidas cotidianas. Outros foram feridos, sequestrados ou detidos", alertou o CICV em um comunicado divulgado no Dia Mundial da Ajuda Humanitária.

Nesse sentido, ele observou que usar esses trabalhadores e organizações como "alvos" por meio de "informações falsas e prejudiciais" contribui para aumentar a ameaça que "já pesa sobre os trabalhadores humanitários". "Isso pode acabar tornando-os alvo de ataques", afirmou.

Apesar dos riscos, afirma o texto, esses trabalhadores "continuam a cumprir suas funções, não porque não tenham medo, mas porque o sofrimento dos outros é urgente demais para ser ignorado". "A coragem, porém, não protege, e a dedicação não desvia balas", afirmou.

A organização enfatizou que a Declaração para a Proteção do Pessoal Humanitário, que busca acabar com essa "tendência trágica", é um passo "vital" e "deve ser traduzida em ações tangíveis no terreno".

"As leis da guerra são claras: o pessoal humanitário deve ser respeitado e protegido. Todo ataque é uma grave traição à humanidade. Todo assassinato envia uma mensagem perigosa", alertou.

Por isso, ele apelou aos Estados e às partes em conflito, bem como aos líderes internacionais, para que "tomem medidas urgentes e concretas para proteger todos aqueles que arriscam tudo para salvar vidas". "Quando os trabalhadores humanitários são protegidos, a humanidade é protegida", enfatizou.

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