MADRI, 19 (EUROPA PRESS)
A onda de incêndios florestais que devastou a Península Ibérica em agosto causou as maiores emissões na Espanha desde pelo menos 2003.
O Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus (CAMS) tem monitorado de perto o aumento excepcional nas emissões de incêndios florestais na Espanha e Portugal durante a primeira quinzena de agosto.
No início do mês, as emissões acumuladas de carbono provenientes de incêndios florestais na Espanha estavam abaixo da média sazonal, apesar de vários focos ativos. No entanto, em apenas alguns dias, uma atividade de incêndios sem precedentes em diversas regiões elevou as emissões totais de incêndios florestais do país para 2025, tornando-se o maior total anual nos 23 anos registrados no conjunto de dados do CAMS.
BEM ACIMA DOS LIMITES DA WHO
Observações da rede espanhola de monitoramento da qualidade do ar e do sistema de previsão e monitoramento CAMS mostram que a qualidade do ar se deteriorou em uma grande região da Espanha, com concentrações de partículas finas (PM2,5) bem acima das diretrizes de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde (que estabelecem uma média de 24 horas de 15 picogramas por metro cúbico para PM2,5). A fumaça se espalhou por centenas de quilômetros, reduzindo a qualidade do ar muito além das zonas de incêndio imediatas.
A fumaça dos incêndios na Península Ibérica se espalhou para a França, o Reino Unido e a Escandinávia, somando-se à fumaça dos incêndios florestais canadenses que se espalharam pelo Atlântico.