Carlos Albisu, em Salto, fez uma defesa firme e falou em "colocar a casa em ordem".

por 23 de setembro de 2025

Carlos Albisu Salto: O que ele disse sobre demissões, ADEOMS e acusações de ódio

O prefeito de Salto, Carlos Albisu, defendeu a decisão de prosseguir com a demissão de 291 servidores municipais e negou a existência de uma "campanha de ódio" contra o ADEOMS . O prefeito afirmou que a medida atende a critérios técnicos e jurídicos, e não a vingança política.

Contexto das mobilizações

O conflito eclodiu após o anúncio de que centenas de funcionários seriam demitidos. A ADEOMS respondeu com passeatas e manifestações em frente ao município, exigindo a reversão da medida. Albisu afirmou que o sindicato tem todo o direito de se expressar e que compreende os protestos, mas insistiu que não se trata de um ataque sindical ou um gesto de vingança.

Carlos Albisu Salto e as demissões municipais

Segundo o prefeito, as demissões fazem parte de uma revisão de irregularidades na Prefeitura. "Houve um jogo político com as necessidades e esperanças da população", afirmou, ressaltando erros cometidos pela administração anterior. Ele indicou que o departamento jurídico, juntamente com o de Recursos Humanos e a Auditoria Interna, está trabalhando em cada caso para garantir que o processo esteja em conformidade com a lei.

ADEOMS Salto e reivindicações sindicais

Albisu afirmou que respeita as reivindicações da ADEOMS, mas alertou que a Prefeitura precisa "colocar a casa em ordem". Reiterou que a intenção não é prejudicar os trabalhadores, mas sim corrigir práticas impróprias. "Não somos vingativos, nem brincamos com o ódio alheio", disse em seu discurso no Aeroporto Nueva Hespérides, durante a inauguração de um novo serviço aéreo para Montevidéu.

Intendência de Salto e o processo legal

O prefeito enfatizou que o cronograma de demissões será definido pelo departamento jurídico do município. A decisão, afirmou, não depende de vontade política, mas sim de pareceres técnicos. "Gostaria que nós e os trabalhadores não tivéssemos que passar por isso", acrescentou.

Reivindicações sindicais e o futuro do conflito

A questão deixou a administração e o sindicato nervosos. A ADEOMS anunciou que continuará se mobilizando até obter respostas, enquanto a Prefeitura insiste que o caminho é legal e que qualquer solução deve estar em conformidade com a lei.

Contexto histórico e administrativo

Em Salto, a discussão sobre os salários dos servidores públicos não é novidade. Diversas administrações têm enfrentado denúncias de contratações sem licitação ou vínculos empregatícios precários. O anúncio de 291 demissões recoloca em pauta a questão da gestão de pessoal no município. Albisu afirmou que "não há vingança política", mas sim uma revisão rigorosa dos atos administrativos. Para o partido governista, o expurgo é necessário para evitar litígios futuros e colocar as contas da Prefeitura em ordem.

Resposta da ADEOMS

O sindicato dos trabalhadores municipais, ADEOMS, rejeitou a versão oficial e denunciou as motivações políticas por trás das demissões. Manifestações em frente à sede municipal e por toda a cidade se multiplicaram nas últimas semanas. Porta-vozes do sindicato afirmam que muitos dos afetados trabalham há anos e que as decisões desconsideram suas contribuições ao serviço público. Em reuniões abertas, os trabalhadores alertaram que não descartariam uma greve geral caso a prefeitura avance sem negociações.

Repercussões políticas e sociais

O conflito teve repercussões além do departamento. Líderes da oposição nacional criticaram Albisu por "atingir os mais vulneráveis", enquanto autoridades governamentais o apoiaram, argumentando que o Estado de Direito deve prevalecer. Moradores e organizações sociais, por sua vez, expressaram opiniões divididas: alguns veem a medida como um sinal de transparência, enquanto outros acreditam que a situação agrava a precariedade do emprego na região. A universidade local anunciou que monitorará o impacto socioeconômico que a demissão de quase 300 famílias pode ter.

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