Burkina Faso - A UE denuncia a decisão de Burkina Faso de declarar o coordenador da ONU persona non grata.

por 20 de agosto de 2025
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BRUXELAS, 20 (EUROPA PRESS)

Na quarta-feira, a União Europeia denunciou a decisão das autoridades de Burkina Faso de declarar a Coordenadora Residente das Nações Unidas no país, Carol Flore-Smereczniak, persona non grata. Ela criticou a violência contra crianças no contexto do conflito armado em um relatório.

"A UE lamenta a decisão de Burkina Faso de declarar o Coordenador Residente da ONU persona non grata", disse a porta-voz de Relações Exteriores, Anitta Hipper, em uma publicação nas redes sociais, indicando que o apoio às Nações Unidas na promoção da paz, do desenvolvimento e da segurança alimentar é "essencial" para avançar em direção a um "futuro pacífico e próspero".

Burkina Faso anunciou a medida contra Flore-Smereczniak por sua "responsabilidade" em um relatório que "transmite informações graves e falsas" sobre violência contra crianças no contexto do conflito armado.

"Ao confirmar unilateralmente informações, sem apoiá-las em evidências legalmente aceitáveis, (...) o Governo considera, à luz de todas as discrepâncias graves observadas, e a fim de preservar e fortalecer as importantes conquistas da cooperação entre Burkina Faso e a ONU, que Carol Flore-Smereczniak não é mais uma interlocutora confiável", disse o governo burquinense em um comunicado.

As autoridades lamentaram não terem se envolvido na preparação do estudo nem sido informadas sobre suas conclusões, e disseram estar "surpresas com a persistência de certas agências das Nações Unidas" no "uso descuidado e deliberado de terminologia ambígua, ocultando um desejo claro de legitimar ou reclassificar a barbárie à qual o povo burquinense tem sido submetido por uma década".

O país africano tem vivenciado um aumento significativo na insegurança desde 2015, com ataques da Al-Qaeda e de afiliados do Estado Islâmico contribuindo para o aumento da violência intercomunitária e dando origem a grupos de vigilantes, aos quais o governo adicionou "voluntários".

A junta militar que governa o país afirma ter recuperado nos últimos meses 72,7% do território inicialmente controlado por grupos armados como o Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (JNIM), afiliado da Al-Qaeda no Sahel, e o Estado Islâmico.

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