Energia de fusão, o sonho científico que começa a se tornar realidade

por 13 de setembro de 2025

Energia de Fusão: Avanços e Desafios da Tecnologia de Energia Limpa

Em dezembro de 2022, uma equipe do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, conseguiu algo que até recentemente parecia impossível: gerar mais energia do que a necessária para iniciar uma reação de fusão nuclear. Esse resultado, que marca uma virada na história da ciência, reacendeu o debate sobre o futuro da energia e a possibilidade de abandonar os combustíveis fósseis.

O que é energia de fusão e por que ela não é a mesma coisa que fissão

A fusão nuclear é o processo que alimenta o Sol: a união de núcleos atômicos leves para liberar enormes quantidades de energia. Ao contrário da fissão, que divide átomos pesados ​​e gera resíduos radioativos de longa duração, a fusão não produz resíduos perigosos em larga escala nem representa o risco de acidentes como Chernobyl ou Fukushima.

Os últimos avanços científicos

O projeto NIF nos Estados Unidos foi o primeiro a atingir a "ignição", ou seja, produzir mais energia do que o investido. Paralelamente, o projeto ITER na França avança rumo à construção do maior reator experimental do mundo, enquanto empresas privadas como a Commonwealth Fusion Systems e a Tokamak Energy desenvolvem projetos mais compactos e potencialmente comerciais.

Desafios que a fusão nuclear ainda enfrenta

O caminho para a energia de fusão comercial não está isento de obstáculos. Os custos de construção são extremamente altos, a reação precisa permanecer estável por longos períodos e são necessários materiais capazes de suportar temperaturas extremas. Abordar essas questões é fundamental para tornar a tecnologia viável em larga escala.

Plasma brilhante em um reator de energia de fusão cercado por uma estrutura industrial
Plasma confinado dentro de um reator de fusão durante um teste experimental de laboratório. Foto de stock

Impacto potencial no meio ambiente e na economia

Se implementada, a fusão poderia reduzir drasticamente as emissões de CO₂, garantir a independência energética para países sem combustíveis fósseis e gerar milhares de empregos em setores de tecnologia de alto valor.

Quando poderá chegar às nossas casas?

Especialistas estimam que os primeiros protótipos comerciais podem estar prontos entre 2035 e 2040. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, cada avanço aproxima um pouco mais a possibilidade de energia limpa, segura e ilimitada.

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