Ataque a Mónica Ferrero: O Partido Colorado exigiu mais recursos para combater o crime organizado.
O ataque a Mónica Ferrero na madrugada de domingo levou a uma reunião urgente do Partido Colorado . A promotora adjunta estava em casa quando indivíduos desconhecidos entraram pelo telhado, dispararam tiros e detonaram um artefato explosivo. Apesar da presença de seguranças no local, os agressores conseguiram escapar. Não houve feridos, mas o incidente disparou um alarme no estado.
Partido Colorado e apoio político
Durante a coletiva de imprensa subsequente, o secretário-geral Andrés Ojeda leu uma declaração na qual o partido descreveu o incidente como "uma mudança qualitativa na luta contra o crime organizado, que requer maior disponibilidade de todos os recursos do Estado democrático".
Ojeda afirmou que manteve comunicação com o promotor Ferrero, que transmitiu uma mensagem clara: "Este incidente não me intimidará". A declaração foi interpretada como uma reafirmação de seu compromisso com o cargo público.
O líder colorado também informou que o presidente Yamandú Orsi conversou com membros do partido e que o ministro do Interior, Carlos Negro, forneceu detalhes iniciais sobre o andamento da investigação.
Um ataque com uma mensagem ao Estado
O ataque a Mónica Ferrero foi interpretado como uma ação direta do crime organizado, em especial de grupos ligados ao narcotráfico. O método utilizado — armas de fogo e explosivos — lembra ataques anteriores contra instituições estatais.
A resposta política tem sido transversal. Tanto a oposição quanto o partido no poder reiteraram que não haverá retrocessos na persecução criminal e pediram o fortalecimento de mecanismos de proteção de promotores e juízes.
Reação institucional em andamento
O Partido Colorado enfatizou que o apoio não se limita a medidas simbólicas, mas deve se traduzir em medidas concretas, como a ampliação de recursos, o fortalecimento das medidas de segurança e a melhoria da coordenação entre os ministérios, a Procuradoria-Geral da República e as forças de segurança.
A promotora Angelita Romano assumiu o caso, enquanto o Ministro Negro confirmou a existência de suspeitos e pistas sólidas. Aguarda-se um relatório sobre os possíveis autores nos próximos dias.
Coordenação política
O presidente Orsi convocou uma reunião na Torre Executiva com ministros, promotores e autoridades de inteligência. O encontro buscará definir novas estratégias para combater o crime organizado e garantir a segurança dos que atuam no sistema judiciário.
O ataque a Mónica Ferrero não foi apenas um ataque individual, mas um desafio direto ao Estado de Direito. A mensagem das autoridades políticas foi unânime: diante dessa ameaça, as instituições devem responder com firmeza e unidade.
Contexto e histórico de segurança
O ataque a Mónica Ferrero ocorre em um momento em que o Uruguai registra uma crescente presença e poder de organizações criminosas ligadas ao narcotráfico. Nos últimos anos, incidentes semelhantes ocorreram contra delegacias de polícia e promotores que investigam crimes de alto impacto. Esses ataques têm uma característica comum: enviar uma mensagem de intimidação, buscando coibir a ação do Estado na persecução criminal.
Especialistas consultados pela imprensa indicaram que esses eventos fazem parte de uma dinâmica regional em que o crime organizado utiliza a violência como ferramenta política e simbólica. Em países vizinhos, tais incidentes marcaram o início de uma escalada no confronto entre instituições e máfias, portanto, uma resposta estatal é fundamental para evitar que a situação se agrave.
O que está por vir
No âmbito parlamentar, vários legisladores anunciaram que proporão o aumento dos orçamentos para a segurança de juízes e promotores. A possibilidade de revisão dos protocolos de custódia também está sendo considerada, visto que o ataque a Ferrero ocorreu apesar da existência de segurança na área.
O governo, por sua vez, reafirmou que nenhuma hipótese foi descartada e que as investigações estão sendo coordenadas pelo Ministério Público, pela Polícia e por agências de inteligência. O compromisso, afirmaram, é garantir que os responsáveis sejam identificados e levados à justiça.