Aldo Monges, o trovador romântico de Córdoba, morreu aos 83 anos.

por 14 de agosto de 2025

Aldo Monges, figura do folclore romântico argentino, morreu aos 83 anos em Buenos Aires.

O cantor e compositor cordovês Aldo Monges faleceu aos 83 anos em Buenos Aires. Reconhecido por sua obra romântica e seu impacto no folclore, ele deixou uma marca profunda na música popular argentina e latino-americana.


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Aldo Monges faleceu em Buenos Aires, deixando um legado indelével na música popular.

O cantor e compositor cordovês Aldo Monges morreu aos 83 anos em Buenos Aires após uma doença prolongada que o afastou dos palcos. A notícia foi confirmada por sua esposa, Zulma, que o acompanhou durante todo o processo, juntamente com seu filho, Gastón.

Monges foi um dos nomes mais emblemáticos do folclore romântico argentino. Alcançou a fama no início da década de 1970 com a canção "Olvídame muchacha", que se tornou um clássico e abriu caminho para uma carreira repleta de sucessos. Sua voz também chegou ao México e aos Estados Unidos, onde foi calorosamente recebido pelo público latino-americano.

"Ele teve uma hemorragia cerebral há três anos, da qual não conseguiu se recuperar. As coisas se complicaram, ele ficou muito doente ontem e faleceu hoje de manhã", contou sua companheira à Cadena 3. "Éramos duas pessoas cuidando dele esse tempo todo, e sua morte foi muito dolorosa para nós", acrescentou, visivelmente abalada.

Nascido no bairro de General Paz, em Córdoba, começou a cantar ainda muito jovem, como costuma acontecer: em festas de aniversário, eventos escolares e reuniões familiares. Aos 12 anos, começou a compor suas próprias canções, demonstrando uma vocação artística precoce.

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Aldo Monges faleceu em Buenos Aires, deixando um legado indelével na música popular.

Seu primeiro álbum, lançado em 1971 e também intitulado "Olvídame muchacha", marcou o início de seu período de maior sucesso. O álbum incluía outras canções de sua autoria, como "Canción para una mentira" e "Chacarera de una noche". A distribuição foi tão ampla que uma das canções se tornou tema da então popular série de televisão "Argentinísima".

Nessa década também se aventurou no cinema, aparecendo em filmes como La carpa del amor e Los éxitos del amor, onde cantou suas próprias canções. Também gravou dois álbuns em colaboração com Daniel Toro e Carlos Torres Vila: Los románticos de la canción argentina Vol. 1 e 2.

Já na década de 1980, começou a levar seu repertório para fora do país. Apresentou-se em vários palcos da América Latina, alcançando sucesso significativo, especialmente no México e nos Estados Unidos. Continuou a lançar álbuns como "Mi Viejo", "Las malas mujeres" e "La vuelta del trovador", que consolidaram seu lugar no cancioneiro popular.

Em novembro de 2019, foi homenageado no Teatro Real de Córdoba, onde dividiu o palco com artistas como Los 4 del Suquía, Los Soñadores e Germán Iramain. Visivelmente emocionado, disse: "Peço a Deus que não se esqueçam de mim tão cedo. Estarei sempre com todos vocês, mesmo quando eu for embora."

Aldo Monges se foi, mas suas canções continuam vivas. Canções como "Mendigo Rey" e "Brindo por tu cumpleaños" continuam a ser ouvidas no rádio, em festas de violão e em encontros onde a música popular prospera. Sua voz, cheia de sentimento e poesia, ficou gravada na memória de várias gerações que ainda o recordam com carinho.

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