Gangue sindical da ADEOMS em Salto repreendeu um funcionário municipal

por 21 de setembro de 2025

A ADEOMS Salto liderou a mobilização em frente à Prefeitura após a rescisão em massa de contratos.

manifestação da ADEOMS em frente à Prefeitura resultou em assédio contra um funcionário municipal: testemunhas e reportagens da imprensa local relatam que o funcionário foi alvo de críticas e pressão por parte dos manifestantes durante o protesto contra a rescisão contratual. A cena, segundo reportagens e fontes presentes, incluiu gritos com autoridades e um clima de intimidação que muitos moradores descreveram como excessivo.

Autoridade municipal relatou ataque de manifestantes da ADEOMS em frente à Prefeitura de Salto.
Autoridade municipal atacada por manifestantes da ADEOMS, segundo testemunhas e fontes locais.

O contexto do conflito é concreto: o município anunciou a rescisão de quase 292 contratos temporários, e o sindicato ADEOMS respondeu com reuniões, greves e manifestações, classificando a medida como um ataque à segurança do emprego. O sindicato declarou conflito e anunciou que levará a ação aos tribunais nacionais e trabalhistas; o município, no entanto, sustenta que se trata de uma ordem administrativa para rever contratações sem o devido processo legal.

O protesto e a forma como se desenrolou evidenciam política e sindical . Manifestar-se diante de uma injustiça não é o mesmo que transformar as ruas em um curral onde funcionários que não são protagonistas da luta política são expostos. Se houve insultos a um funcionário público, cabe condená-lo inequivocamente e exigir medidas que garantam a segurança de quem exerce suas funções.

Além disso, a tensão tem outro aspecto: múltiplas denúncias contra o governo anterior por supostas alocações discricionárias e a entrega de terras a ativistas estão alimentando a disputa. Membros da Câmara de Vereadores da oposição apontaram práticas de clientelismo durante o governo Andrés Lima e anunciaram que levarão evidências à Justiça; essas denúncias servem para explicar por que o novo governo busca rever as nomeações, embora não justifiquem que os protestos se transformem em perseguição individual.

Na prática, o cenário assemelha-se muito a um velho truque político: se a auditoria revelar irregularidades, tudo bem; que os tribunais ajam. Se os direitos dos trabalhadores foram violados, tudo bem também; que sejam reparados. O que não está certo é usar as pessoas como escudo e empurrar aqueles que não têm responsabilidade pública por decisões administrativas específicas . Isso não é ativismo: é intimidação.

O que devemos exigir agora? Primeiro, que a Prefeitura garanta a proteção dos servidores municipais e que a polícia e demais autoridades atuem para garantir que os protestos não se transformem em ataques. Segundo, que a ADEOMS atue em suas reivindicações sem tornar terceiros alvos dos protestos e que apure responsabilidades internas, se for o caso. Terceiro, que seja aberta uma auditoria pública aos contratos denunciados, com prazos e acesso aos autos para dirimir dúvidas.

Se há culpados, que a justiça seja responsabilizada. Se direitos foram violados, que sejam restaurados. Enquanto isso, Salto merece menos circo e mais transparência: a troca de acusações entre apoiadores e sindicalistas não pode esconder o real custo humano suportado por funcionários e moradores. O que é necessário aqui é uma gestão, não uma quadrilha.

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