Um caminhão capotou na Rota 3 , no quilômetro 132, no departamento de San José, na manhã de segunda-feira. O acidente deixou três dos quatro ocupantes feridos, segundo fontes da Polícia Rodoviária.
De acordo com o boletim de ocorrência, o veículo trafegava no sentido sul-norte quando, por motivos ainda sob investigação, saiu do acostamento e bateu em uma árvore na faixa natural da estrada, no lado leste da rodovia.
O motorista, um homem de 29 anos, sofreu ferimentos múltiplos e foi levado às pressas para a Associação Médica de San José (AMSJ). Entre os passageiros, um homem de 39 anos e dois homens de 45 anos também ficaram feridos, embora seus ferimentos não tenham sido considerados graves, e foram levados ao mesmo centro de saúde para tratamento.
Investigação sobre o motivo do capotamento do caminhão na Rota 3
Policiais rodoviários e equipe médica trabalharam no local do acidente. A hipótese inicial é de que o caminhão perdeu o controle em uma curva, embora outras possibilidades, como falha mecânica ou excesso de velocidade, não tenham sido descartadas.
As condições da estrada estavam normais no momento do acidente , sem chuva ou visibilidade reduzida. Moradores da região relataram que o trânsito costuma ser intenso naquele trecho, principalmente pela manhã, quando muitos passageiros se deslocam de San José para Montevidéu.
O incidente reacendeu a discussão sobre segurança viária nas rodovias nacionais, onde acidentes de trânsito envolvendo caminhões têm sido frequentes nos últimos meses. Em julho, um veículo de carga perdeu parte da carga ao capotar na rotatória da Rota 11 com a Rota 45.
Segurança rodoviária e consequências do acidente
Especialistas lembram que caminhões grandes exigem distâncias de frenagem maiores e monitoramento constante da carga. Ajustes inadequados ou mudanças bruscas de peso podem fazer com que um veículo desse tipo perca estabilidade.
O acidente em San José se soma a uma estatística preocupante: acidentes de trânsito continuam sendo uma das principais causas de hospitalização no país. Segundo dados da Unidade Nacional de Segurança Viária (Unasev), os departamentos com maior tráfego apresentam as maiores taxas de acidentes com feridos.
Os ocupantes do caminhão permanecem sob observação médica. Enquanto isso, o veículo foi retirado da pista para normalizar o tráfego na via, que estava parcialmente fechada durante a manhã.
O caso continua sob investigação, e a Polícia Rodoviária aguarda os resultados dos exames mecânicos e da análise do estado de saúde do motorista para determinar a causa exata do acidente.
Mais informações e contexto
O acidente ocorrido na manhã de segunda-feira em San José não foi um incidente isolado. Até agora, neste ano, a Polícia Rodoviária já atendeu a mais de uma dúzia de acidentes semelhantes em rodovias nacionais, vários deles envolvendo caminhões que transportavam produtos agrícolas e industriais.
Segundo dados da Unasev, em 2024, os acidentes de trânsito representaram quase 15% dos acidentes graves nas rodovias nacionais. Embora a maioria não resulte em fatalidades, ferimentos e interrupções no trânsito geram custos significativos tanto para o sistema de saúde quanto para a economia regional.
No caso da Rota 3, moradores da região relataram que os caminhões frequentemente trafegam em alta velocidade, especialmente nas primeiras horas da manhã, quando há menos controle policial nas estradas. Alguns apontaram que a sinalização rodoviária está desgastada em certos trechos, o que pode afetar as manobras dos motoristas.
Por outro lado, os sindicatos do setor de transportes têm repetidamente exigido uma revisão da jornada de trabalho dos motoristas. Muitos trabalhadores reclamam que as longas jornadas e os biscates adicionais os obrigam a passar horas excessivas ao volante, o que aumenta a fadiga e a probabilidade de acidentes. "Às vezes, trabalhamos com sono porque precisamos juntar dinheiro para sobreviver", disse um motorista de caminhão, entrevistado por uma rádio local.
Ao mesmo tempo, autoridades do Ministério dos Transportes anunciaram que as obras de recapeamento começarão em alguns trechos da Rota 3 nos próximos meses, com o objetivo de melhorar a segurança viária e reduzir os acidentes. A iniciativa também está considerando a instalação de mais radares de velocidade, medida que já apresentou resultados positivos em outras rotas.
Este último acidente em San José coloca mais uma vez a necessidade de reforçar as medidas de segurança no trânsito na agenda pública. Para a população local, cada acidente é um lembrete de que trafegar nas estradas pode se tornar um risco diário. A investigação das causas do capotamento no quilômetro 132 continuará, mas o incidente já levantou questões sobre como evitar que incidentes semelhantes se repitam no futuro.